PARIS
Uma vez, uma aluna me disse que sempre que ia a Europa, não perdia a oportunidade de passar por Paris. Fui lá apenas três vezes. O que mais me atraiu foi a importância do livro para a população. Quase todos os lugares que você ia, mesmo lojas de CDs, você encontrava livros.
Lembrei disto pois estou relendo "Aimez-vous Brahms" de Françoise Sagan, escrito em 1959. Eu o li, pela primeira vez, em 1984. Fazia parte das minhas aulas de francês.
Trata da diferença de idade entre um casal. Os personagens Paulie tem 39 anos e Simon apenas 25. Ela tem dificuldade de aceitar a relação, tanto que no final ela diz: "Simon, agora já sou velha, velha..." Existe um outro personagem que se relaciona com ela, Roger, que não era jovem, mas também não estava sempre disponível.
Já passei pelas duas situações: novo namorar uma mulher bem mais velha e velho namorar uma garota bem mais jovem. Quando isso acontece, todos ficam preocupados com o casal, sobretudo com a parte "jovem" da situação. A família impõe restrições e os amigos afirmam que isso não poderia dar certo, pois ele (a) tem mais experiência e, portanto, iria te dominar. Existe um medo que a parte mais "velha" fique obsessiva com a mais "nova". O receio é normal, mas nem sempre as coisas funcionam desta maneira.
Uma vez expliquei para uma ex-sogra que aquela não seria a minha primeira experiência com uma garota mais jovem, que, como eu era divorciado e gostava de bares, "boites" e "raves", se eu fosse ter algum relacionamento, seria com alguém mais jovem, na medida em que as pessoas da minha idade não gostavam daqueles ambientes.
No romance de Françoise Sagan, é descrito um momento interessante: Simon pergunta se ela gosta de Brahms e ela acha graça e comenta que essa questão ela ouvia quando tinha 17 anos. É o que acontece neste tipo de relação. Inclusive, é o motivo que muitos se recusam a namorar com pessoas muito mais jovens, afinal, o que vocês teriam em comum?
A nossa sociedade é machista e aceita mais o caso do homem mais velho com uma garota mais nova. Contudo, o contrário tem ocorrido bastante. Mulheres divorciadas, com mais de 40 ou 50 anos, se relacionando com rapazes de 20. Nos Estados Unidos, onde inventam nome para tudo, chamam este tipo de mulher de "Cougar". No caso dos homens, não conheço rótulo algum.
O que importa, basicamente, não é a diferença de idade e sim se existe sinceridade dos dois lados. Os motivos, para relações desta natureza, são diferentes tanto do ponto de vista do (a) mais velho (a) quanto da (o) mais nova (o). O que vale, no final, é a emoção, que proporciona bons momentos para os dois.
Uma vez, uma aluna me disse que sempre que ia a Europa, não perdia a oportunidade de passar por Paris. Fui lá apenas três vezes. O que mais me atraiu foi a importância do livro para a população. Quase todos os lugares que você ia, mesmo lojas de CDs, você encontrava livros.
Lembrei disto pois estou relendo "Aimez-vous Brahms" de Françoise Sagan, escrito em 1959. Eu o li, pela primeira vez, em 1984. Fazia parte das minhas aulas de francês.
Trata da diferença de idade entre um casal. Os personagens Paulie tem 39 anos e Simon apenas 25. Ela tem dificuldade de aceitar a relação, tanto que no final ela diz: "Simon, agora já sou velha, velha..." Existe um outro personagem que se relaciona com ela, Roger, que não era jovem, mas também não estava sempre disponível.
Já passei pelas duas situações: novo namorar uma mulher bem mais velha e velho namorar uma garota bem mais jovem. Quando isso acontece, todos ficam preocupados com o casal, sobretudo com a parte "jovem" da situação. A família impõe restrições e os amigos afirmam que isso não poderia dar certo, pois ele (a) tem mais experiência e, portanto, iria te dominar. Existe um medo que a parte mais "velha" fique obsessiva com a mais "nova". O receio é normal, mas nem sempre as coisas funcionam desta maneira.
Uma vez expliquei para uma ex-sogra que aquela não seria a minha primeira experiência com uma garota mais jovem, que, como eu era divorciado e gostava de bares, "boites" e "raves", se eu fosse ter algum relacionamento, seria com alguém mais jovem, na medida em que as pessoas da minha idade não gostavam daqueles ambientes.
No romance de Françoise Sagan, é descrito um momento interessante: Simon pergunta se ela gosta de Brahms e ela acha graça e comenta que essa questão ela ouvia quando tinha 17 anos. É o que acontece neste tipo de relação. Inclusive, é o motivo que muitos se recusam a namorar com pessoas muito mais jovens, afinal, o que vocês teriam em comum?
A nossa sociedade é machista e aceita mais o caso do homem mais velho com uma garota mais nova. Contudo, o contrário tem ocorrido bastante. Mulheres divorciadas, com mais de 40 ou 50 anos, se relacionando com rapazes de 20. Nos Estados Unidos, onde inventam nome para tudo, chamam este tipo de mulher de "Cougar". No caso dos homens, não conheço rótulo algum.
O que importa, basicamente, não é a diferença de idade e sim se existe sinceridade dos dois lados. Os motivos, para relações desta natureza, são diferentes tanto do ponto de vista do (a) mais velho (a) quanto da (o) mais nova (o). O que vale, no final, é a emoção, que proporciona bons momentos para os dois.